Ciclos contínuos da existência
Sempre ouvir falar que a coisa mais certa da vida é a morte, como se fosse algo que estivesse muito longe de acontecer, pelo menos era essa impressão que eu tinha quando ouvi pela primeira vez essa expressão.
Os cemitérios mostram o fim de todos os seres humanos, mesmo que haja download de dados da memória disponíveis em rede virtual, a finitude parece o caminho mais certo.
Ao mesmo tempo que o futuro nos espera, o presente desperta em nós o fulgor da vitalidade que vivemos na existência, como ciclos contínuos que perpetuam ao longo das gerações.
O que às vezes não percebemos é que a vida e a morte fazem parte dos ciclos como pacotes de um só embrulho, em outras palavras, o nosso corpo abriga movimento vital e vestígios mortuários a cada segundo, ou em menos tempo, deixando rastros do equilíbrio existencial ao longo do complexo caminho da finitude. A resposta para esse fenômeno encontra-se na célula.
A célula é a unidade funcional da vida. É uma estrutura complexa que apresenta ciclo próprio expresso na mitose, em células do corpo, e manifestado na meiose, na formação de gametas, fenômeno que acontece nos órgãos sexuais. Durante o processo de ciclo é comum a morte celular e o surgimento de novas células para dar prosseguimento à vida.
Como nós podemos perceber, vida e morte coexistem a todo instante na história natural dos seres vivos.
Quando analisamos o mundo microscópico presente em cada ser vivo constituído de células, verificamos que o conceito de vida e morte é mais banal do que no mundo macroscópico, pois o ciclo celular coexiste constantemente com perdas e ganhos de novas células que proliferam e morrem em uma taxa alta. Por exemplo: quando tomamos banho, várias de nossas células mortas da pele são retiradas do corpo, enquanto isso, novas células ocupam os nichos deixados pelas células mortas. É algo comum no mundo celular. Por isso escrevi sobre a banalidade da vida e da morte no mundo microscópico, que faz parte de nossa estrutura básica de existência física. Já no mundo macroscópico, nós interpretamos vida e morte como coisas separadas e únicas em seus respectivos tempos graduais na história de indivíduos.
Quando confrontados nos mundos macroscópico e microscópico, vida e morte divergem em conceitos, isso sem mencionar esta relação ao nível de proteínas que podem apresentar um padrão diferente da célula e do corpo já formado. Enfim, o que nos resta é a questão do que é vida e do que é morte. Difícil definir, pois existem vários pacotes em um único embrulho. Como saber discernir conceitos tão conhecidos, mas pouco entendido. Talvez as partículas subatômicas tenham essa resposta da existência em ciclos contínuos. E Deus? Pode ser. Nada pode ser descartado no processo de entendimento de si perante um universo de possibilidades únicas.
Quando confrontados nos mundos macroscópico e microscópico, vida e morte divergem em conceitos, isso sem mencionar esta relação ao nível de proteínas que podem apresentar um padrão diferente da célula e do corpo já formado. Enfim, o que nos resta é a questão do que é vida e do que é morte. Difícil definir, pois existem vários pacotes em um único embrulho. Como saber discernir conceitos tão conhecidos, mas pouco entendido. Talvez as partículas subatômicas tenham essa resposta da existência em ciclos contínuos. E Deus? Pode ser. Nada pode ser descartado no processo de entendimento de si perante um universo de possibilidades únicas.


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