Vida in box
Do útero ao caixão, vivemos e morremos em caixas. É a vida in box! Esse resumo exprime o início e o fim da evolução da existência de uma consciência que pulsa saber quem nós somos perante o universo em expansão. Sendo assim, viver não é o bastante, pois precisamos transcender as barreiras que limitam a vida.
Após a saída da primeira caixa, o útero, choramos a dor da independência da mãe. O tempo passa e percebemos que não somos extensões materna ou paterna. Assim, o via ser procura a originalidade na existência. Entretanto, a pessoa desperta para o fato de que a vida e a existência estão compartimentalizados. E mais, o indivíduo contextualiza este aspecto em seu cotidiano e percebe que isso é notório. Logo, o via ser observa o transporte de pessoas em caixas móveis, a moradia em caixa imóvel, a socialização em telas retangulares de computadores e smartphones, os direitos cada vez mais compactados e burocratizados em sistemas fechados e etc. Além disso, o via ser descobre, por intermédio do conhecimento científico, que o universo tem uma espécie de borda, limitando o cosmos ao finito. Até o DNA fica compactado dentro do núcleo celular. Mesmo diante de tantos dados que levam o via ser a pensar que viver é limitar-se a dimensões fechadas, ele percebe que o universo expande-se, "inconscientemente", com o "objetivo" de ir além de sua própria borda. O DNA é transcrito em RNA, e desta é traduzida em proteína, para ir além da célula. São dinâmicas que estimulam a mente a procurar a vida além da caixa. Nessa perspectiva, algumas ferramentas surgem como meios de transcender o cérebro (encarcerado na caixa craniana). Portanto, a imaginação é o destaque dentre as ferramentas mentais. Através da imaginação, a existência ganha significado, expandindo o valor da evolução em mecanismos complexos que estão além dos aspectos limitantes, proporcionando conhecer os bastidores da realidade in box. É a tentativa da consciência viver a metaexistência. Se o corpo não acompanha, pois está sujeito as leis naturais, as ideias brotam fora da caixa, levando o indivíduo a questionar se a finitude compactada é a única realidade a ser vivida.
Para a existência existir além da existência, é necessário pensar e agir fora do senso comum, de forma a construir caminhos alternativos que visam esculpir o novo. Essa é a diferença que separa o complexo universo/DNA de nós, porque os primeiros lutam contra as limitações sem saber o motivo, enquanto nós usamos a imaginação consciente para transpor as barreiras, movido pelo significado da valorização vital. Por conseguinte, desafiar o golias com uma funda e uma pedra é a ousadia que precisamos para decodificar o improvável. Pode soar utópico, mas o que seria da existência se o lugar nenhum não tivesse aparecido como algo relevante na imaginação consciente? Apenas viveríamos em caixas sem propósitos maiores. Ainda sim, algumas pessoas poderiam questionar se há sentido na existência. Indagação válida, porém, carecemos de certezas sobre ter ou não propósito no espaço-tempo que permeia o universo. Enquanto a angústia racional não for equacionada, continuaremos na subjetividade. Assim, romper com a ilusão da realidade percebida em quatro dimensões é uma opção, nem sempre possível, mas se há uma chance para tal quebra de "paradigma intransponível", por que não tentar!? Nessa metafísica de valores transcendentais, a essência pede passagem aos pensamentos materialistas, pois a vida in box é uma rotina que reduz a existência em ciclos contínuos de previsibilidades tediosas. Pode parecer fantasia, mas o ser humano quer superar a si para além do que a evolução gradual pode proporcionar, pois a mutação ao acaso é um jogo de dados probabilístico de variações que, em raras ocasiões, privilegia o cérebro. Por isso, somos a única espécie terrena viva com consciência de existência. Logo, podemos concluir que somos raros, complexos e inteligentes. Apesar destes atributos, ainda queremos saltar na evolução e descumprir os contratos com a realidade tradicional.
Se a virada de mesa não é possível, então a voz da essência celebrará a loucura com a metafísica no palco ausente de geometria em linhas e ângulos determinados. É um horizonte de eventos fora da cápsula existencial. Essa é a trajetória em oculto escrito na natureza. Quem irá se aventurar além da caixa? Quais são as verdades relativas que nos esperam no campo do desconhecido? Encontraremos razão além das fronteiras dimensionais? Enfim, são muitas perguntas para poucas afirmações. São incertezas que deslocam a energia psíquica para o foco metafísico, tão questionado pelo existencialismo materialista. Essa dicotomia sistêmica entre existencialismo e essencialismo, é importante no campo da diversidade argumentativa, favorecendo o aparecimento de leques de opções para encarar as realidades com percepções de concordância e desconfiança, permitindo convergências e refutações das hipóteses e teorias propostas. Isso é excelente! Evita a concretização de ilusões construídas em bases que sustentam determinadas realidades propagadas como verdades culturais inquestionáveis. Sendo assim, leite com manga deixa o plano histórico do medo e passa a ter sabor de ousadia, abrindo espaço para a consciência imaginativa experimentar novas combinações fora da receita existencial habitual. É o gosto exótico do saber fora da caixa do senso comum.
Compartimentalizar o conhecimento em bonecas russas, fragmenta a vida em vários mosaicos desconectados com a essência da existência. Logo, os significados vitais ficam perdidos em caixas informativas sem profundidade de conteúdo. Quando nasce essa consciência, surge a necessidade de abrir as embalagens e escolher o espaço certo na mente para organizar os saberes, e observar criticamente o processo com suas particularidades para então contextualizá-las com sentidos e significados. É a decodificação de símbolos subjetivos! Assim, a consciência imaginativa ganha asas para explorar com mais clareza a vida out of the box e as contextualizações que fazem parte do autoconhecimento. Deste modo, temos a opção de escolha: viver a vida como ela é ou se aventurar fora do senso comum para que venhamos a viver a existência além da existência. Cada um de nós temos o direito de escolher. Qual será a sua decisão?
Para a existência existir além da existência, é necessário pensar e agir fora do senso comum, de forma a construir caminhos alternativos que visam esculpir o novo. Essa é a diferença que separa o complexo universo/DNA de nós, porque os primeiros lutam contra as limitações sem saber o motivo, enquanto nós usamos a imaginação consciente para transpor as barreiras, movido pelo significado da valorização vital. Por conseguinte, desafiar o golias com uma funda e uma pedra é a ousadia que precisamos para decodificar o improvável. Pode soar utópico, mas o que seria da existência se o lugar nenhum não tivesse aparecido como algo relevante na imaginação consciente? Apenas viveríamos em caixas sem propósitos maiores. Ainda sim, algumas pessoas poderiam questionar se há sentido na existência. Indagação válida, porém, carecemos de certezas sobre ter ou não propósito no espaço-tempo que permeia o universo. Enquanto a angústia racional não for equacionada, continuaremos na subjetividade. Assim, romper com a ilusão da realidade percebida em quatro dimensões é uma opção, nem sempre possível, mas se há uma chance para tal quebra de "paradigma intransponível", por que não tentar!? Nessa metafísica de valores transcendentais, a essência pede passagem aos pensamentos materialistas, pois a vida in box é uma rotina que reduz a existência em ciclos contínuos de previsibilidades tediosas. Pode parecer fantasia, mas o ser humano quer superar a si para além do que a evolução gradual pode proporcionar, pois a mutação ao acaso é um jogo de dados probabilístico de variações que, em raras ocasiões, privilegia o cérebro. Por isso, somos a única espécie terrena viva com consciência de existência. Logo, podemos concluir que somos raros, complexos e inteligentes. Apesar destes atributos, ainda queremos saltar na evolução e descumprir os contratos com a realidade tradicional.
Se a virada de mesa não é possível, então a voz da essência celebrará a loucura com a metafísica no palco ausente de geometria em linhas e ângulos determinados. É um horizonte de eventos fora da cápsula existencial. Essa é a trajetória em oculto escrito na natureza. Quem irá se aventurar além da caixa? Quais são as verdades relativas que nos esperam no campo do desconhecido? Encontraremos razão além das fronteiras dimensionais? Enfim, são muitas perguntas para poucas afirmações. São incertezas que deslocam a energia psíquica para o foco metafísico, tão questionado pelo existencialismo materialista. Essa dicotomia sistêmica entre existencialismo e essencialismo, é importante no campo da diversidade argumentativa, favorecendo o aparecimento de leques de opções para encarar as realidades com percepções de concordância e desconfiança, permitindo convergências e refutações das hipóteses e teorias propostas. Isso é excelente! Evita a concretização de ilusões construídas em bases que sustentam determinadas realidades propagadas como verdades culturais inquestionáveis. Sendo assim, leite com manga deixa o plano histórico do medo e passa a ter sabor de ousadia, abrindo espaço para a consciência imaginativa experimentar novas combinações fora da receita existencial habitual. É o gosto exótico do saber fora da caixa do senso comum.
Compartimentalizar o conhecimento em bonecas russas, fragmenta a vida em vários mosaicos desconectados com a essência da existência. Logo, os significados vitais ficam perdidos em caixas informativas sem profundidade de conteúdo. Quando nasce essa consciência, surge a necessidade de abrir as embalagens e escolher o espaço certo na mente para organizar os saberes, e observar criticamente o processo com suas particularidades para então contextualizá-las com sentidos e significados. É a decodificação de símbolos subjetivos! Assim, a consciência imaginativa ganha asas para explorar com mais clareza a vida out of the box e as contextualizações que fazem parte do autoconhecimento. Deste modo, temos a opção de escolha: viver a vida como ela é ou se aventurar fora do senso comum para que venhamos a viver a existência além da existência. Cada um de nós temos o direito de escolher. Qual será a sua decisão?



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