Caos e fé
Basta um olhar cético para o mundo e ver a janela aberta da alma para os questionamentos sobre a origem e a evolução do microcosmos e do macrocosmos, gerando inúmeras possibilidades de modelos argumentativos e representativos que parecem preencher as lacunas deixadas pelas dúvidas. Entretanto, a saciedade racional é uma miragem que rapidamente se desfaz com os novos paradigmas da realidade em si. Neste momento surge uma questão central: "E se tudo for obra do acaso e do caos que produz diversidades aleatórias?" Diante desta indagação viável, podemos nos deparar com o comodismo intelectual de aceitação ou explorar este ponto de referência, estimulando novas ramificações do saber até o momento em que brotam o sentido e o propósito ontológico. Dentre as opções, a última ideia é contraditória, pois caos e acaso flertam com o niilismo, mesmo assim, este caminho ramifica-se na antítese do vazio, como um "big-bang" existencial voltado a uma energia, um mover espiritual projetado na fé de esperança em Algo Arquitetado em engrenagens móveis e mutáveis, ao qual não compreendemos por completo, mas que pulsa em todo âmago de dúvidas de quem enxerga a verdade relativa.
Assim, o pêndulo oscila entre caos e fé, incertezas instigantes e esperanças convergentes, culminando em fluxos de encontros entre o intelectus, a psiqué, os chamados transcendentais e os versos cosmológicos, inundando o via ser de incompletude, jornada de autoconhecimento e espanto frente o desconhecido fascinante.


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