Lar
Imensuráveis caminhos partiram de um "vazio funcional", ramificando-se no demiurgo, ou seja, no princípio organizador do caos, projetando o dualismo espírito-matéria, céu-terra, desaguando na consciência, na autotranscendência, visando compreender a origem e a evolução existencial.
O eterno retorno ao "vazio existencial", o Tao, onde causa e efeito caminham lado a lado sem a lógica do progresso cartesiano do pensamento humano é a iluminação subjetiva de quem busca um propósito, uma cosmovisão. Assim, determinar o lar a partir de símbolos nacionais, terras mensuradas, valorizando vários eus que não são meus, é desmerecer a essência do original em prol das honras e louros de fantasmas, sombras de cavernas, cujas formas são adornadas de ilusões, entorpecendo o via ser de ideologias alienantes. Enquanto isso, o verdadeiro lar, ou seja, a Terra, o Universo, a micropartícula fundamental subatômica, o zero, o uno, o duo, mantém uma conexão sutil e vibrante com as dimensões existenciais em expansão transcendental, até não ter mais formas, bordas, onde o Tao é o caminho. Portanto, é preciso descortinar a lógica do imperativo categórico do materialismo vigente, pois a Terra diz amém a realidade cíclica da vida ao constatar a finitude dos seres viventes, as metamorfoses dos elementos naturais e a transcendência sobre valores preestabelecidos como sólidos e verdadeiros.



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