Considerações sobre Deus, ciência e fé

 


Carl Sagan escreveu, em Pálido ponto azul:
Como é possível que praticamente nenhuma religião importante tenha olhado para a ciência e concluído: "Isso é melhor do que imaginávamos! O Universo é muito maior do que disseram nossos profetas, mais grandioso, mais sutil, mais elegante"? Em vez disso, dizem: "Não, não, não! Meu deus é um deus pequenininho, e quero que ele continue assim". Uma religião, antiga ou nova, que ressaltasse a magnificência do Universo como a ciência moderna o revelou poderia atrair reservas de reverência e respeito que continuam quase intocadas pelas crenças convencionais.
Richard Dawkins. Deus, um delírio.

Será?

Um encontro com Camus.
Suposto diálogos entre ele e um pastor chamado Howard Mumma foram publicados postumamente, nos quais o pensador francês afirmava ter alguma inclinação para o teísmo bíblico:
"Estou quase em uma peregrinação, buscando algo para preencher o vazio que estou experimentando, e ninguém sabe [...]. Desde que comecei a ler a Bíblia, sinto que existe alguma coisa. Não sei se é pessoal ou se é uma grande ideia ou influência poderosa, mas existe algo que pode trazer novo significado a minha vida. Eu certamente não tenho esse algo, mas ele está lá. Nas manhãs de domingo, ouço que a resposta é Deus."
Howard Mumma. Albert Camus e o teólogo (São Paulo: 2002). P. 104, 105. 
Citado por Rodrigo Silva no livro O ceticismo da fé.

Conversão?

Religião einsteiniana:
"Sem a religião, a ciência é capenga; sem a ciência, a religião é cega."

Simbiose?

A religião de Einstein é natural! Essa confirmação veio após a pronúncia do próprio Albert: 
"Acredito no Deus de Spinoza, que se revela na harmonia ordenada daquilo que existe, não num Deus que se preocupa com os destinos e as ações dos seres humanos".

Panteísmo?

Veja que Sagan, Camus e Einstein apresentam visões diferentes sobre a realidade, desaguando as crenças, opiniões e conhecimentos em um oceano profundo constituído do encontro entre os rios ciência e fé. São rios que apresentam substâncias com densidades diferentes, dando um aspecto diferente ao oceano de possibilidades, onde ciência e fé não se anulam, pelo contrário, cada um dentro dos seus limites e particularidades, amplia a nossa visão objetiva e subjetiva da realidade, proporcionando saciar a nossa sede de saber sobre o funcionamento do mundo. Além disso, permite o observador experimentar o propósito que transcende a razão e o método científico.

É possível observar Deus no microscópio? 

Comentários

Postagens mais visitadas