Padronização e controle
Não há como negar a eficácia da globalização avançada na compactação do mundo. Tudo ficou muito próximo, muito cômodo. Nós sabemos que é possível conhecer alguém do outro lado do mundo apenas com um celular ou um computador. Também é possível encomendar produtos via internet em outros países. Enfim, as barreiras das distâncias foram rompidas.
A compactação do mundo avançado em globalizado só foi possível através de inovações tecnológicas que proporcionaram o advento da internet, de engrenagens sofisticadas em otimizar o tempo de viagens em modais especializados, entre outras parafernálias tecnológicas de quebra de barreiras de distâncias. Tudo isso trouxe consequências em nosso modo de viver. Um exemplo mais claro é você comprar um produto com a marca de origem nos EUA, produzido na China, por um funcionário vietnamita, vendido por um boliviano que te atendeu em alguma loja física no Brasil. Lembrando que provavelmente a empresa norte americana produziu na China porque o custo e os salários pagos são menores, de quebra, ainda tem a realidade do trabalho escravo. O exemplo que citei mostra a facilidade da internacionalização das coisas, porém traz em si o horror da legalização do trabalho escravo. É uma cortina de fumaça. O marketing faz o papel de valorizar o produto vendido no palco midiático, enquanto o trabalhador, que faz o produto, fica nos bastidores do teatro observando, sem nenhuma força de reação, o admirável mundo novo ( contextualizando com a frase de Aldous Huxley).
Gostaria de abrir um parêntese para explicar que o evento de globalização não é recente. Alguns colocam a globalização como um fenômeno que começou a milênios, outros traçam as grandes navegações como grande marco da globalização. Independente da tese sobre a origem da globalização, uma coisa é certa, é um fenômeno que não aconteceu recentemente. Por isso que eu acrescentei na palavra globalização o termo avançado(a) para que o texto tenha referência deste fenômeno na atualidade.
Voltando ao texto, a globalização avançada não pode ser vista apenas de forma imparcial, pois este fenômeno também proporciona oportunidades boas, tais como: o encontro da diversidade, o vislumbrar de ambientes naturais belíssimos, a comunicação entre pessoas a longas distâncias, entre outros benefícios de movimentos sociais e ambientais. Mostrando que o ser humano pode ampliar sua visão de si, do mundo e até do universo. A relação interpessoal e interambiental transforma o intrapessoal.
A internet, como ferramenta da globalização avançada, aproximou as pessoas a informação e a desinformação, flexibilizou a descentralização de opiniões, permitiu a criação de redes sociais, tornou famosas as pessoas desconhecidas, facilitou as relações comerciais, enfim, criou uma infinidade de janelas virtuais para tudo o que a imaginação puder permitir, inclusive, coisas infelizes e terríveis, como: pedofilia, a quebra de privacidade, postagens agressivas e racistas, testes para traçar o perfil dos consumidores que aparece como entretenimento no facebook, vícios virtuais, entre outros problemas a serem resolvidos.
Como podemos notar, a globalização avançada tem seus benefícios e seus malefícios.
Precisei comentar o exposto acima para contextualizar com o título do texto. Como assim? Em uma parte do quarto parágrafo, eu digitei sobre a relação da globalização avançada com o encontro da diversidade. Esta relação tem consequências diretas na padronização com o intuito de controlar mais facilmente as massa. Tenho observado nos meios de comunicação eventos que visam reunir a maior diversidade possível de culturas. Infelizmente, os aparentes eventos mostram um falso respeito as diferenças culturais, pois não valoriza a diversidade, em vez disso, cria-se um quimera cultural, uma subcultura com retalhos de várias culturas. Depois, lança nas redes virtuais como modinha. Este tipo de criação de monocultura está se tornando cada vez mais comum. A originalidade da diversidade cultural está ameaçada por uma padronização bizarra, pois é mais fácil controlar um tipo de modelo do que uma diversidade de possibilidades desconhecidas. Tudo em prol do controle de massas! Por isso estamos a cada dia vendo o mais do mesmo. Cadê a originalidade?
Parafernálias doutrinárias são inseridas em um quimera cultural como cola para integrar os retalhos de partes da diversidade cultural. Com qual objetivo? Construir uma argumentação plausível para que todos possam aderir como modo de vida controlável. Um só discurso. Todos acolhem. Zumbificam a mensagem, e reproduzem como verdade absoluta. Pronto! Controle de massas. Qual a receita para diminuir a alienação? Pensar diferente. Surpreender com originalidade. E o mais interessante é que a globalização avançada facilitou o processo.
No filme idiocracia duas pessoas entram no programa de criogenia, mas a experiência deu errado. As cobaias do experimento acordam muitos anos depois. Para a surpresa deles, as pessoas emburreceram, eram facilmente controladas com qualquer argumentação. Uma empresa de isotônicos dominava a região com propagandas falsas de que as pessoas não precisavam mais de água no seu dia a dia, pois o isotônico era a solução para tudo, inclusive para irrigação do solo para plantio. Durante o filme fica nítido que as pessoas deixaram de buscar conhecimento. Trocaram o modo de vida da diversidade para o monopólio do entretenimento tosco. Simplesmente, bizarro. Lógico, é só uma ficção com uma pitada de sarcasmo, mas será que está tão longe assim de nossa realidade? É preocupante!
Repare acima que citei o termo zumbificam. Não foi atoa. Sempre gostei muito de filme de zumbis. Atualmente eu acompanho a série The Walking Dead. Vários filmes como Resident Evil, Meu namorado é um zumbi, Zumbilândia, Madrugada dos mortos, entre tantos outros filmes, mostram algo em comum, ou seja, os zumbis caminham sem destino e buscam saciar a fome se alimentando de carne humana. Pessoas podem se transformar em zumbis quando perdem o rumo de existência, sendo facilmente guiados por qualquer vento de argumento, criando um mundo paralelo onde a fome de controle vem a tona.
Padronização e controle, com suas parafernálias, representam o principal foco para aqueles que procuram legitimar suas ações através da quimera cultural. Todo cuidado é pouco. É algo muito sutil, se não tomarmos cuidado, a desconstrução da diversidade se tornará normal.
Para Piaget, "pai do construtivismo", a fundamentação da adaptação de um novo conhecimento se dá na interação do sujeito com o meio. A princípio desequilibramos diante do novo (a novidade assusta), depois assimilamos e logo em seguida acomodamos. A teoria de Piaget não é o único conceito de equilíbrio do novo em nossa mente, mas serve como um dos parâmetros de referência para compreender como uma modinha pode se tornar uma convergência absoluta adotado por muitos, com um único objetivo: o controle de mentes e corações.
Gostaria de abrir um parêntese final: padronização e controle são necessários para administrar coisas, porém, não podem ser usados como instrumentos de dominação do homem pelo homem.
A compactação do mundo avançado em globalizado só foi possível através de inovações tecnológicas que proporcionaram o advento da internet, de engrenagens sofisticadas em otimizar o tempo de viagens em modais especializados, entre outras parafernálias tecnológicas de quebra de barreiras de distâncias. Tudo isso trouxe consequências em nosso modo de viver. Um exemplo mais claro é você comprar um produto com a marca de origem nos EUA, produzido na China, por um funcionário vietnamita, vendido por um boliviano que te atendeu em alguma loja física no Brasil. Lembrando que provavelmente a empresa norte americana produziu na China porque o custo e os salários pagos são menores, de quebra, ainda tem a realidade do trabalho escravo. O exemplo que citei mostra a facilidade da internacionalização das coisas, porém traz em si o horror da legalização do trabalho escravo. É uma cortina de fumaça. O marketing faz o papel de valorizar o produto vendido no palco midiático, enquanto o trabalhador, que faz o produto, fica nos bastidores do teatro observando, sem nenhuma força de reação, o admirável mundo novo ( contextualizando com a frase de Aldous Huxley).
Gostaria de abrir um parêntese para explicar que o evento de globalização não é recente. Alguns colocam a globalização como um fenômeno que começou a milênios, outros traçam as grandes navegações como grande marco da globalização. Independente da tese sobre a origem da globalização, uma coisa é certa, é um fenômeno que não aconteceu recentemente. Por isso que eu acrescentei na palavra globalização o termo avançado(a) para que o texto tenha referência deste fenômeno na atualidade.
Voltando ao texto, a globalização avançada não pode ser vista apenas de forma imparcial, pois este fenômeno também proporciona oportunidades boas, tais como: o encontro da diversidade, o vislumbrar de ambientes naturais belíssimos, a comunicação entre pessoas a longas distâncias, entre outros benefícios de movimentos sociais e ambientais. Mostrando que o ser humano pode ampliar sua visão de si, do mundo e até do universo. A relação interpessoal e interambiental transforma o intrapessoal.
A internet, como ferramenta da globalização avançada, aproximou as pessoas a informação e a desinformação, flexibilizou a descentralização de opiniões, permitiu a criação de redes sociais, tornou famosas as pessoas desconhecidas, facilitou as relações comerciais, enfim, criou uma infinidade de janelas virtuais para tudo o que a imaginação puder permitir, inclusive, coisas infelizes e terríveis, como: pedofilia, a quebra de privacidade, postagens agressivas e racistas, testes para traçar o perfil dos consumidores que aparece como entretenimento no facebook, vícios virtuais, entre outros problemas a serem resolvidos.
Como podemos notar, a globalização avançada tem seus benefícios e seus malefícios.
Precisei comentar o exposto acima para contextualizar com o título do texto. Como assim? Em uma parte do quarto parágrafo, eu digitei sobre a relação da globalização avançada com o encontro da diversidade. Esta relação tem consequências diretas na padronização com o intuito de controlar mais facilmente as massa. Tenho observado nos meios de comunicação eventos que visam reunir a maior diversidade possível de culturas. Infelizmente, os aparentes eventos mostram um falso respeito as diferenças culturais, pois não valoriza a diversidade, em vez disso, cria-se um quimera cultural, uma subcultura com retalhos de várias culturas. Depois, lança nas redes virtuais como modinha. Este tipo de criação de monocultura está se tornando cada vez mais comum. A originalidade da diversidade cultural está ameaçada por uma padronização bizarra, pois é mais fácil controlar um tipo de modelo do que uma diversidade de possibilidades desconhecidas. Tudo em prol do controle de massas! Por isso estamos a cada dia vendo o mais do mesmo. Cadê a originalidade?
Parafernálias doutrinárias são inseridas em um quimera cultural como cola para integrar os retalhos de partes da diversidade cultural. Com qual objetivo? Construir uma argumentação plausível para que todos possam aderir como modo de vida controlável. Um só discurso. Todos acolhem. Zumbificam a mensagem, e reproduzem como verdade absoluta. Pronto! Controle de massas. Qual a receita para diminuir a alienação? Pensar diferente. Surpreender com originalidade. E o mais interessante é que a globalização avançada facilitou o processo.
No filme idiocracia duas pessoas entram no programa de criogenia, mas a experiência deu errado. As cobaias do experimento acordam muitos anos depois. Para a surpresa deles, as pessoas emburreceram, eram facilmente controladas com qualquer argumentação. Uma empresa de isotônicos dominava a região com propagandas falsas de que as pessoas não precisavam mais de água no seu dia a dia, pois o isotônico era a solução para tudo, inclusive para irrigação do solo para plantio. Durante o filme fica nítido que as pessoas deixaram de buscar conhecimento. Trocaram o modo de vida da diversidade para o monopólio do entretenimento tosco. Simplesmente, bizarro. Lógico, é só uma ficção com uma pitada de sarcasmo, mas será que está tão longe assim de nossa realidade? É preocupante!
Repare acima que citei o termo zumbificam. Não foi atoa. Sempre gostei muito de filme de zumbis. Atualmente eu acompanho a série The Walking Dead. Vários filmes como Resident Evil, Meu namorado é um zumbi, Zumbilândia, Madrugada dos mortos, entre tantos outros filmes, mostram algo em comum, ou seja, os zumbis caminham sem destino e buscam saciar a fome se alimentando de carne humana. Pessoas podem se transformar em zumbis quando perdem o rumo de existência, sendo facilmente guiados por qualquer vento de argumento, criando um mundo paralelo onde a fome de controle vem a tona.
Padronização e controle, com suas parafernálias, representam o principal foco para aqueles que procuram legitimar suas ações através da quimera cultural. Todo cuidado é pouco. É algo muito sutil, se não tomarmos cuidado, a desconstrução da diversidade se tornará normal.
Para Piaget, "pai do construtivismo", a fundamentação da adaptação de um novo conhecimento se dá na interação do sujeito com o meio. A princípio desequilibramos diante do novo (a novidade assusta), depois assimilamos e logo em seguida acomodamos. A teoria de Piaget não é o único conceito de equilíbrio do novo em nossa mente, mas serve como um dos parâmetros de referência para compreender como uma modinha pode se tornar uma convergência absoluta adotado por muitos, com um único objetivo: o controle de mentes e corações.
Gostaria de abrir um parêntese final: padronização e controle são necessários para administrar coisas, porém, não podem ser usados como instrumentos de dominação do homem pelo homem.


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