Antes ente, agora entidade
Com o advento da consciência, nós, humanos, procuramos compreender a vida, a morte e a existência das "coisas". Projetamos as nossas angústias, de seres pensantes, em mitos, deuses, lendas, filosofias, religiões e ciências. Nessa longa jornada, que ainda segue no caminho da incerteza, criamos histórias complexas, ricas, belas e nebulosas. Avançamos na decodificação do Universo. Organizamos ideias sobre símbolos e significados. Porém, intensificamos a competição e as desigualdades. Contradições que se aprofundam no cronos humano.
Entre as projeções mentais, destaco a fantasia do ser humano de transcender a falta de controle e a manipulação de sua própria evolução. Eis um exemplo: a veneração aos deuses como forma de autoafirmação de "superioridade especial". Neste sentido específico, o culto mitológico é um tipo de caminho que leva o indivíduo a apaziguar os próprios dilemas. Além disso, é uma possível solução para o seguinte questionamento: "Quem nós somos?"
A complexidade de busca de compreensão existencial na essência, ganhou um novo fôlego na atmosfera do materialismo. Em outras palavras, a projeção metafísica do ser perdeu espaço para o ter do marketing existencial. Assim, o mercado financeiro, uma criação humana de conveniências, sobe de patamar, de ente para entidade. Nessa mitologia às avessas, o ser humano deixa de se projetar, tornando-se o objeto no lugar da essência que almejava. Uma ilusão de paixão platônica (pêndulo de felicidade e frustração) que aparentemente supre o vazio existencial, gerando inveja para aqueles que dão a vida e o tempo em troca de artefatos simbólicos de status social e espiritual.
O mercado financeiro é um sistema inserido e adaptável a qualquer tipo de situação, seja felicidade ou tristeza. Exemplos não faltam: sem dinheiro, não há enterro; por que comemorar aniversário uma vez no ano se posso fazer mês aniversário? Cidadania, só com carteira assinada; pessoa física ou jurídica? Você tem CNPJ?
Vendemos sonhos, símbolos e significados! Pode escolher! É um lema da entidade que se chama mercado financeiro, tornando possível saciar os desejos e vontades do ser humano.
Pela primeira vez na mitologia, o pensante não projeta mais deuses externos, ele é o próprio divino.
A materialização do mercado financeiro de ente para entidade facilitou o processo do ser humano ocupar o cerne de suas próprias angústias, preenchendo o vazio existencial com mais vazio. É uma anomalia, pois a essência do ser diluiu-se na busca desenfreada do ter. Este fenômeno provoca o abismo devorar outro abismo, onde o sentido não faz sentido. Um espaço vago que é preenchido pelo pêndulo de felicidade e frustração a cada momento em que compramos sonhos nas prateleiras do shopping.
Estamos inseridos no mundo líquido, onde a relatividade das coisas é superior a análise de eventos e acontecimentos. Sendo assim, somos condicionados a qualquer fábula, facilitando o fortalecimento de elevação de nível de estória em história, ou de ente para entidade. Nesse ambiente confuso, nasce a ideia de mercado financeiro como algo acima do que ele foi inventado, ou seja, de mecanismo de organização econômico passou para pedra filosofal existencial.
Será que neste contexto de divinização materialista, temas como: potência de agir (Espinoza), torna-te quem tu és (Nietzsche) e vontade de potência (mais Nietzsche do que Shopenhauer) perderam sentido no mundo pós-moderno? O que diriam os citados acima se os mesmos pudessem desfrutar do admirável mundo novo? São questionamentos provocativos! Se não temos a resposta, não tem problema. O consumismo supre essa necessidade. Se a ilusão é a realidade, então, a verdade ainda está em oculto. Para entender melhor, é preciso observar o nosso comportamento pelos olhos de quem ainda não se curvou para a entidade chamada mercado financeiro. Quem nunca usou dinheiro para comprar símbolos e significados, que atire a primeira pedra.
Entre as projeções mentais, destaco a fantasia do ser humano de transcender a falta de controle e a manipulação de sua própria evolução. Eis um exemplo: a veneração aos deuses como forma de autoafirmação de "superioridade especial". Neste sentido específico, o culto mitológico é um tipo de caminho que leva o indivíduo a apaziguar os próprios dilemas. Além disso, é uma possível solução para o seguinte questionamento: "Quem nós somos?"
A complexidade de busca de compreensão existencial na essência, ganhou um novo fôlego na atmosfera do materialismo. Em outras palavras, a projeção metafísica do ser perdeu espaço para o ter do marketing existencial. Assim, o mercado financeiro, uma criação humana de conveniências, sobe de patamar, de ente para entidade. Nessa mitologia às avessas, o ser humano deixa de se projetar, tornando-se o objeto no lugar da essência que almejava. Uma ilusão de paixão platônica (pêndulo de felicidade e frustração) que aparentemente supre o vazio existencial, gerando inveja para aqueles que dão a vida e o tempo em troca de artefatos simbólicos de status social e espiritual.
O mercado financeiro é um sistema inserido e adaptável a qualquer tipo de situação, seja felicidade ou tristeza. Exemplos não faltam: sem dinheiro, não há enterro; por que comemorar aniversário uma vez no ano se posso fazer mês aniversário? Cidadania, só com carteira assinada; pessoa física ou jurídica? Você tem CNPJ?
Vendemos sonhos, símbolos e significados! Pode escolher! É um lema da entidade que se chama mercado financeiro, tornando possível saciar os desejos e vontades do ser humano.
Pela primeira vez na mitologia, o pensante não projeta mais deuses externos, ele é o próprio divino.
A materialização do mercado financeiro de ente para entidade facilitou o processo do ser humano ocupar o cerne de suas próprias angústias, preenchendo o vazio existencial com mais vazio. É uma anomalia, pois a essência do ser diluiu-se na busca desenfreada do ter. Este fenômeno provoca o abismo devorar outro abismo, onde o sentido não faz sentido. Um espaço vago que é preenchido pelo pêndulo de felicidade e frustração a cada momento em que compramos sonhos nas prateleiras do shopping.
Estamos inseridos no mundo líquido, onde a relatividade das coisas é superior a análise de eventos e acontecimentos. Sendo assim, somos condicionados a qualquer fábula, facilitando o fortalecimento de elevação de nível de estória em história, ou de ente para entidade. Nesse ambiente confuso, nasce a ideia de mercado financeiro como algo acima do que ele foi inventado, ou seja, de mecanismo de organização econômico passou para pedra filosofal existencial.
Será que neste contexto de divinização materialista, temas como: potência de agir (Espinoza), torna-te quem tu és (Nietzsche) e vontade de potência (mais Nietzsche do que Shopenhauer) perderam sentido no mundo pós-moderno? O que diriam os citados acima se os mesmos pudessem desfrutar do admirável mundo novo? São questionamentos provocativos! Se não temos a resposta, não tem problema. O consumismo supre essa necessidade. Se a ilusão é a realidade, então, a verdade ainda está em oculto. Para entender melhor, é preciso observar o nosso comportamento pelos olhos de quem ainda não se curvou para a entidade chamada mercado financeiro. Quem nunca usou dinheiro para comprar símbolos e significados, que atire a primeira pedra.



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