A queda do homem

"Vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu e deu também ao seu marido, que estava com ela e ele comeu.
Então foram abertos os olhos de ambos e conheceram que estavam nus, coseram, pois, folhas de figueiras e cingiram-se." (Gênesis 3: 6-7)
Muitas pessoas imaginam que Adão e Eva procederam de maneira correta, porque ao comer do fruto do conhecimento os nossos primeiros ascendentes proporcionaram o começo evolutivo do desenvolvimento social, econômico, cultural e tecnológico. Esta afirmação não expressa toda verdade, pois o fruto do conhecimento era uma opção de escolha, uma espécie de livre arbítrio.  Em outras palavras, o que você, vida pensante, almeja? Quebrar a cabeça sozinho ou ter a companhia de Alguém que vive de eternidade em eternidade para dialogar sobre os dilemas, paradigmas e paradoxos da existência? Escolhemos o imediatismo. Saímos do paraíso para o deserto. E digo, na evolução do conhecimento encontramos soluções para várias de nossas inquietações de superação. Em compensação, perdemos a oportunidade de afastar os infernos históricos, tais como: nazismo, fascismo, ditaduras, eugenias, racismos, alienação tecnológica, desigualdades abissais, ignorância enclausurada em massa cinzenta, entre outras manchas no decorrer da identificação do raça de ser. Além disso, convivendo lado a lado com uma Entidade Onisciente com experiência de várias eternidades, poderíamos evoluir em um estágio tal que hoje estaríamos a anos-luz a frente do que vivemos e pensamos na atualidade. Imagine a humanidade nessa realidade alternativa de oportunidades únicas, que seria algo impossível de concretizar em nossa linha temporal, tais como: viajar no espaço-tempo explorando o Universo, usando tecnologia sustentável de respeito ao complexo social-econômico-ambiental, empatizando laços entre as diferenças. Enfim, tornando o impossível do momento em possível realizável se o raça de ser tivesse escolhido a parceria com a Espiritualidade de Inteligência Incomum.
Sabe-se, teoricamente, que o ser humano utiliza apenas uma pequena parcela de sua capacidade intelectual. Agora imagine os humanos utilizando todo o poder inestimável de raciocínio e gestão emocional jamais visto antes, o mundo seria outro e a história também. 
Se você chegou até aqui, significa dizer que pode ter surgido questões como: apenas ficção ou utopia de um louco? Viajando na maionese? Estas e outras perguntas fazem parte de um repertório humano compreensível, já que não tenho como comprovar a "tese" do texto por metodologia científica. Porém, a ciência que inventamos não é a dona da verdade. Não quero dizer que o conhecimento organizado em especialidades não seja importante, mas a margem de nosso entendimento de mundo é limitado. Por isso, não podemos provar a existência ou a inexistência de Deus e a espiritualidade no método científico. Portanto, o saber não tem domínio único, ele pode ser direcionado para outros campos que decodifique o imaginário de compreensão de um modelo de realidade alternativa em que nós poderíamos ocupar, mesmo que isso não venha passar pelo crivo da existência, ficando apenas no se. Em resumo, o que escrevi é um ato de fé.
A queda do homem, neste caso, consiste na morte espiritual das utopias, onde as destopias desconstruíram o futuro em medo e instabilidade, restando apenas a retrotopia nostálgica engessada em tribos de intolerâncias. Este ciclo pós-moderno precisa quebrado.
Não podemos continuar prostado no looping temporal do ciclo pós-moderno. Não dá para avançar na estrada da vida com o carro existencial apenas olhando o retrovisor do passado nostálgico como parâmetro de um futuro ainda não escrito.
Precisamos nos aproximar de algo maior!
Para encerrar, usarei, ironicamente, como antítese de sua essência, uma frase de Nietzsche: "torna-te quem tu és." 


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